CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE ATIVIDADES DE AVENTURA

CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE ATIVIDADES DE AVENTURA

ARVORISMO, TIROLESAS, ESCALADA, RAPEL, CANIONISMO

Somos uma empresa especializada em prestação de serviços de gerenciamento do sistema de gestão da segurança ABNT NBR 21101-2014, construções e manutenção em atividades de aventura. Executamos obras desde a fundação ao acabamento. Serviços de manutenção em tirolesas, arvorismo, paredes de escalada e em buffet. Adequamos sua atividade com as normas técnicas em vigor.

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Como definir o escopo do Sistema da Segurança


Como definir o escopo do Sistema da Segurança de forma eficiente?

Bem, para definir de forma eficiente o Escopo do Sistema de Gestão da Segurança de sua agência, primeiramente, é necessário entender o que é o escopo.

“O escopo é o documento que irá detalhar o propósito daquilo que se pretende fazer, qual será sua abrangência”.


• Quais os produtos que serão contemplados;
• A que atividades de turismo de aventura estão associados;
• Qual o local onde cada atividade acontece;
• Quais as partes interessadas nesse processo.

Em todos esses itens, o escopo é um documento fundamentalmente necessário para o processo de implantação e certificação do sistema. É no escopo que será definido os limites do sistema de gestão.
Tudo que constar no escopo deverá ter a aplicabilidade dos requisitos exigidos na norma e ser submetido à auditoria ABNT ISO 21101-2014.
O que é preciso saber para definir o escopo do Sistema de Gestão de segurança ABNT ISO 21101-2014?

A definição do escopo está descrita na secção 4 da norma certificadora ABNT ISO 21101-2014. Nesta sessão, a norma trata sobre “O Contexto da Organização”. Segundo a ISO -21101:2014, no contexto da organização devem ser levados em conta com quatro elementos, descritivos nos seguintes tópicos:

4.1 Entendendo a organização e seu contexto;
4.2 Entendendo as necessidades e expectativas das partes;
4.3 Determinar o escopo do Sistema de Gestão da Segurança do Turismo de aventura;
4.4 Sistema de gestão da segurança do turismo de aventura.

Para esse escopo, a norma orienta que a organização deve determinar os limites e aplicabilidade do SGS. Deve também estabelecer o seu alcance, e considerar os seguintes elementos:

Questões externas e internas referidas em 4.1;
Requisitos das partes interessadas pertinentes referidos em 4.2;
Portanto, para estabelecer o escopo do SGS, antes de tudo, é necessário ter claro todo o contexto de organização da sua agência.

Por exigência da ISO 21101-2014, o escopo é um documento deve ser mantido como informação documentada.

Alguns exemplos e propor um passo a passo que vai facilitar bastante a sua vida.

Mãos à obra!

Tenha em mente que seu escopo deverá descrever de forma simplificada a sua agência.
Assim, para descrevê-lo, é possível se orientar por algumas perguntas que, por si só, definem quem ela é no mercado. Veja só:

Onde minha agência está localizada?
Quais os produtos/serviços são vendidos pela minha agência?
Em qual mercado (local físico e locais de operação) minha agência atua.
Para quem eu vendo e quem me vende?
Quais os processos da minha empresa e das atividades?

Ao responder essas perguntas, você estará formalizando informações importantes sobre o funcionamento do seu SGS, se orientando e orientando seu Sistema de Gestão da Segurança para os resultados que você espera. E isso acontece porque esses aspectos tanto afetam seu SGS quanto são afetados por ele. Exemplo pratico

1 – Onde minha agência está localizada?
Brotas, SP.

Aqui consta o local físico em que minha agência está sediada. Neste caso, usei a cidade onde residimos como exemplo.

2 – Quais os produtos/serviços são vendidos pela minha agência?
Vendemos e operamos as atividades de tirolesa e Rafinha. Com os seguintes produtos Rafinha do rio Jacaré e a Tirolesa Vai que vai.

Aqui descrevi os produtos comercializados pela minha agência, aquilo que operamos com o intuito de vender aos nossos clientes.

3 – Em qual mercado local operamos as atividades minha agência atua.
Na zona rural de Brotas-SP. Rio Jacaré Pipira e Fazenda Vai que vai.

Aqui descrevi qual o mercado em que atuo, ou seja, onde minha agência vende e opera.

4 – Para quem eu vendo e quem me vende?
Vendas para Turistas em geral. Quem me vende hotéis, pousadas, sitio turísticos e outras agências.

Descrevi aqui o tipo de clientes que quero atender.

5 – Quais os processos da minha empresa e das atividades e partes interessadas?
Empresa: Operação; Atendimento; Vendas; Marketing; Logística; Gestão de Pessoas; Financeiro.

Operação:  Condutores; preparação da atividade, transporte, treinamento, operação e finalização da atividade.

Local de operação e partes interessadas: Proprietários das áreas privadas onde atuamos e poder público do Município.(prefeitura, corpo de bombeiro, associações etc)

Descrevi aqui os processos  e partes interessada que podem impactam o SGS da minha agência.
Essa e base do nosso escopo. Repare que citamos os fatores internos (quais produtos comercializamos e nossos processos) e levamos em consideração o mercado externo, delimitando onde especificamente atuamos e quem são nossos clientes. Agora é só juntar isso em uma sentença curta, de fácil entendimento. Dessa forma:

A Adventure Brasil SGS é uma Agência de Turismo de Aventura, situado em Brotas-SP que opera as seguintes atividades e produto na cidade de Brotas-SP.
Atividade Rafinha.
Produto: Rafinha Jacaré Pipira
Atividade Tirolesa.
Produto: Tirolesa Vai que vai
Os processos do SGS e partes interessadas são: Atendimento ao cliente, Financeiro, Gestão de Pessoas, Logística, Marketing, Operação, Vendas, Proprietários das áreas privadas onde atuamos e poder público do Município.

Vejamos o exemplo abaixo, em que temos uma atividade de turismo de aventura e três produtos:

A Adventure Brasil SGS é uma Agência de Turismo de Aventura, situado em Brotas-SP que opera as seguintes atividade e produto na cidade de Brotas-SP.
• Atividade: Caminhada
• Produtos: Trilha da Cachoeira do Véu de Noiva, Trilha da Mata Verde e Trilha da Coruja.
Os processos do SGS e partes interessadas são: Atendimento ao cliente, Financeiro, Gestão de Pessoas, Logística, Marketing, Operação, Vendas, Proprietários das áreas privadas onde atuamos e poder público do Município.

No próximo exemplo, por outro lado, temos um produto e três atividades de turismo de aventura:

A Adventure Brasil SGS é uma Agência de Turismo de Aventura, situado em Brotas-SP que opera as seguintes atividades e produto na cidade de Brotas-SP.
• Produto: Dia de aventura no Parque do Mirante
• Atividades: Caminhada, Rapel e Observação da Vida Silvestre
Os processos do SGS e partes interessadas são: Atendimento ao cliente, Financeiro, Gestão de Pessoas, Logística, Marketing, Operação, Vendas, Proprietários das áreas privadas onde atuamos e poder público do Município.

Ao serem definidos os produtos, as atividades e os locais onde serão realizadas as operações, é preciso definir no escopo do sistema de gestão de segurança a abrangência da gestão de risco. Ou seja, em que momento a gestão da segurança deve começar e em que momento ela terminará. Um determinado produto de turismo de aventura pode ter início na casa do participante, no momento em que ele entra em um transporte da organização para se deslocar ao local da atividade propriamente dita.

Em outro exemplo, a gestão da segurança tem início apenas na base de um paredão rochoso, onde o participante foi por conta própria e somente a partir deste momento passará a integrar os processos e procedimentos do sistema de gestão de segurança. Tudo dependerá das características dos produtos e atividades de turismo de aventura.

ABNT ISO 21101-2014 promoveu mudanças muito pertinentes da versão ABNT 15331 e, com certeza, a forma de definir o escopo foi uma delas. Essa mudança surgiu para garantir que a certificação não seja mais um papel no hall de documentos da agência, mais um certificado na parede da diretoria. Essa mudança surgiu para garantir que, cada vez mais, as organizações vivam a Segurança como um todo!

Os itens “4.1 Entendendo a organização e seu contexto” e “4.2 Entendendo as necessidades e expectativas de partes interessadas” são praticamente indissolúveis ao item “4.3 Determinando o escopo do sistema de gestão da segurança”, antes de definir o seu escopo, sugiro que você leia o artigo “ISO -21101:2014:Entendendo o Contexto da Organização”.

Autor: Arilson Olindo da Silva



  1. Referências e leituras:
  2. Luiz Guilherme Arruda - https://www.consultoriaiso.org/author/garruda/
  3. http://www.logfacilba.com.br/iso/iso2015_versao_completa.pdf
  4. https://blogdaqualidade.com.br/- Davidson Ramos
  5. GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO TURISMO DE AVENTURA – SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA











sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Turismo de aventura deve crescer 200% até 2023

Turismo de aventura deve crescer 200% até 2023


O Turismo de aventura deverá registrar um salto de cerca de 200% nos negócios ao redor do mundo até 2023. Com receitas analisadas em R$ 1,4 bilhão em 2016, o nicho deve atingir a marca de R$ 4,2 bilhões daqui a cinco anos, segundo o estudo da consultoria norte-americana Allied Market Research (AMR).


A pesquisa divide o nicho em diferentes eixos para explicar como será esse crescimento exponencial ao longo dos anos. A começar pelo nível, a AMR destaca a ampliação de vendas nos produtos turísticos de aventura leve, aquelas que se enquadram como atividades de baixo risco, mas que somam o maior número de adeptos.

Dentre os mercados, a região Ásia-Pacífico é a que mostra maior tendência para alta entre as quatro que a AMR divide o planeta. A Europa, no entanto, foi a que dominou o mercado mundial de Turismo de Aventura, com um terço de todo o valor.

O tipo de experiência é outro ponto curioso do estudo, mas mantém a tendência de crescimento vista até aqui. Atualmente, as atividades baseadas em terra dominam o mercado - e também são as que mais devem crescer até 2023 -, seguidas por atividades aquáticas e, em menor escala, as pelo ar. Nos próximos anos, porém, a superioridade das experiências terrestres e aquáticas deve aumentar ainda mais a distância para as aéreas.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO



O pacote de ferramentas de planejamento estratégico reuni 6 planilhas e 7 quadros visuais para você aplicar o método de planejamento estratégico.
O objetivo principal das ferramentas é auxiliar no desenvolvimento de metas e objetivos para melhorar os processos operacionais e administrativos das organizações.



VANTAGENS
Proporciona ao empresário uma visão geral de toda a organização, oportunidade para análise critica do cenário empresarial, melhoria contínua, revisão da sua proposta de valor, analise dos ambientes internos e externos da sua organização, planejamento de metas e objetivos.


Entregas: 

Análise de cenários; 
Esta ferramenta apresenta um questionário para avaliar a situação atual das forças externas da organização. A análise de cenários é um instrumento importante na hora de desenvolver novas estratégias dentro da empresa. Este tipo de análise explora os diversos caminhos que a empresa pode seguir e então implementar aquele que melhor condizer com os objetivos da empresa. 

Ficha de análise SWOT; 
A ficha de análise SWOT serve como apoio no processo de avaliação dos ambientes internos e externos, com esta ficha podemos avaliar os pontos fortes e pontos fracos, bem como, oportunidades e ameaças.

Matriz SWOT; 
Análise SWOT ou Análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) (em português) é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usada como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa.




Plano de metas e objetivos BSC;
Balanced Scorecard é uma técnica que visa a integração e balanceamento de todos os principais indicadores de desempenho existentes em uma empresa, financeiros/administrativos até os relativos aos processos internos, estabelecendo objetivos da qualidade para funções e níveis relevantes dentro da organização, ou seja, desdobramento dos indicadores corporativos em setores, com metas claramente definidas.

Plano de ação; 
Plano de Ação é uma ferramenta para acompanhamento de atividades, desde as simples como atas de reuniões até as mais complexas como um projeto pequeno. 

Objetivos estratégicos
Estabelecer missão, visão, valores, política de qualidade e segurança, entrega de valor ao seus clientes e definir claramente a estratégia da sua organização.


ISO 21101-2014- CONTEXTO DA ORGANIZAÇÃO TURISMO DE AVENTURA


ITEM 4 CONTEXTO DA ORGANIZAÇÃO

Hoje vamos falar um pouco sobre o “Contexto da Organização”, assunto abordado no item 4 da ABNT ISO 21101-2014. 



Desde 02/12/2010, data do Decreto nº 7.381, que regulamentou a Lei nº 11.771, que trata da Política Nacional de Turismo. Em seu artigo 34, o decreto determina: 
Art. 34.  Deverão as agências de turismo que comercializem serviços turísticos de aventura:
 I - dispor de condutores de turismo conforme Normas técnicas oficiais, dotados de conhecimentos necessários, com o intuito de proporcionar segurança e conforto aos clientes;
 II - Dispor de sistema de gestão de segurança implementado, conforme Normas técnicas oficiais, adotadas em âmbito nacional;
 III - oferecer seguro facultativo que cubra as atividades de aventura;
 IV - Dispor de termo de conhecimento com as condições de uso dos equipamentos, alertando o consumidor sobre medidas necessárias de segurança e respeito ao meio ambiente e as consequências legais de sua não observação; 
V - Dispor de termo de responsabilidade informando os riscos da viagem ou atividade e precauções necessárias para diminuí-los, bem como sobre a forma de utilização dos utensílios e instrumentos para prestação de primeiros socorros; e 
VI - Dispor de termo de ciência pelo contratante, em conformidade com disposições de Normas técnicas oficiais, que verse sobre as preparações necessárias à viagem ou passeio oferecido.   
§ 1º - Para os fins deste Decreto, entende-se por turismo de aventura a movimentação turística decorrente da prática de atividades de caráter recreativo e não competitivo, tais como arvorismo, boia-cross, balonismo, bungee jump, cachoeirismo, cicloturismo, caminhada de longo curso, canoagem, canionismo, cavalgada, escalada, espeleoturismo, flutuação, mergulho, turismo fora de estrada, rafting, rapel, tirolesa, voo livre, windsurfe, kitesurf e outros.
§ 2º - Os termos dispostos nos incisos IV, V e VI deverão ser assinados pelo contratante e arquivados pelo contratado.


O que significa entender o contexto da Organização? 


Neste item é sobre seu empreendimento e sua operação.

   4.1   1º Identificar o que pode afetar nossa agência, interna e externamente:

Entender as condições legais, tecnologia, competitividade, mercado, culturais, sociais e ambiente econômico que a organização está inserida e questões internas como cultura, desempenho, valores, enfim, condições restritas a empresa.

  4.2    2º Definir quem pode nós influenciar significativamente no mercado onde atuamos e o que a gente faz e o que essas pessoas querem:

São os públicos de interesse em nossa agência. São as partes interessadas e envolvidas voluntária ou involuntariamente com a mesma, onde há um objetivo específico de relacionamento que gerem algum tipo de lucro, tangível ou intangível, por exemplo: clientes, condutores, donos das fazendas, colaboradores, fornecedores, entre outros. É necessário entender o que eles querem de você para te ajudar a crescer! Por exemplo, você deve ter condutores que influenciam na sua operação, ou seja, ele é importante para você e você é importante pra ele. O que você tem que fazer e ele também tem que fazer para que se mantenha essa relação, para que a segurança de sua atividade não seja afetada?


• administração da Unidade de Conservação onde sua organização atua; 
• donos da propriedade privada onde sua organização atua; 
• poder público do município onde sua organização atua; 
• órgãos públicos ou privados de busca e salvamento de sua região [bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), hospitais, Grupos Voluntários de Busca e Salvamento].

Para estruturar essas informações de uma forma que não fique confuso, as empresas utilizam algumas ferramentas como por exemplo o Canvas e o Análise SWOT, mas não que isso seja obrigatório nem nada, até porque a norma não exige alguma ferramenta específica, a gente usa porque fica mais fácil visualizar as informações para tomada de decisão.

Planilha Interativa Analise SWOT


Planilha Interativa Analise SWOT



O contexto da organização em 3 partes:

O primeiro é um princípio da qualidade e segurança: “Tomada de decisão baseada em evidências“. Não é difícil compreender que as melhores decisões são feitas quando se baseiam em evidências e não por conjectura.

A segunda parte: “Enfrentar riscos e oportunidades associados com o seu contexto e os objetivos.” Enfrentar riscos significa gerenciar proativamente as incertezas. O simples significado de “gerenciar incertezas” é que as decisões devem ser feitas com a consideração das possíveis consequências positivas e negativas que o futuro incerto pode trazer.

Terceira parte, Liderança e Comprometimento, encontramos um requisito para a gestão de topo: “assegurar que a política e os objetivos da segurança são estabelecidos para o Sistema de Gestão da Segurança e são compatíveis com a estratégia da direção e o contexto da organização.”

As informações recolhidas através da definição de contexto são muito úteis para a identificação de melhorias estratégicas e operacionais que podem mudar completamente sua forma de visualizar sua agência e só vão realmente ser benéficas se forem traduzidas em planos de ação na empresa.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Turismo Aventura, Risco e Perigo

Turismo Aventura, Risco e Perigo


Risco, Perigo e Segurança


Quanto se trata de atividades esportivas ou recreativas, nos ambientes natural, rural ou urbano, é frequente uso dos termos Risco, Perigo e Segurança, faz-se necessário esclarecer seus significados, assim como outros termos e expressões relacionados para se estabelecer uma base de discussão.

O Estudo do Risco está no equilíbrio entre Risco e o Desafio da Aventura. 

Há uma crescente discussão que considera que a atual questão está na redução do risco e na gestão da segurança no campo médico, nas iniciativas e nas aventuras de forma a comprometer o normal desenvolvimento de atividades e procedimentos. Este é um importante questão a ser analisada detalhadamente para poder subsidiar estratégias de controle e redução de risco.

Perigo

“Perigo são os tipos de acontecimento que causam ou tem o potencial de causar algum tipo de dificuldade, lesão ou acidente”.
Wharton, N., Journal of Adventure Education and Outdoor Leadership.

“Perigo é tudo aquilo que pode machucar um individuo”.
Health and Safety Executive (1999).

De uma forma geral, o perigo tem por exemplo alergias, doenças causadas por lixo doméstico ou hospitalar, lesões em virtude de trabalho próximo a rodovias ou exposição a intempéries.

Isso nos leva a associar que um ambiente perigoso é aquele onde é difícil de se ter assistência ou onde há falta de procedimentos de primeiros socorros.

No contexto do ambientes natural, um exemplo de perigo é um rio de águas rápidas. Uma pessoa que tenta cruzá-lo corre o perigo de ser arrastado se o rio não der pé ou pode ficar preso a alguma árvore submersa, podendo vir a morrer afogado.

Na Ambiente Natural pode-se entender Perigo como:

“Na natureza, perigo é uma situação ou um conjunto de circunstâncias que podem machucar pessoas, como por exemplo, um rio caudaloso, um banco de corais submerso, uma tempestade de raios, etc...”

O perigo pode ser ou não conhecido. Um montanhista experiente em caminhadas na estiagem, pode ter problemas na estação das chuvas quando ocorrem as “cabeça d’água”, que podem trazer problemas ao caminhar em ravinas.

Isso nos leva a considerar que um perigo desconhecido, não previsível ou não identificado apresenta um risco maior do que aquele conhecido.

Risco

Perigo é definido em termos absolutos - por exemplo: encostas íngremes, facas afiadas, eletricidade, águas rápidas - mas eles tem significado diferente e acarretam diferentes graus de risco dependendo do contexto e do individuo que se confronta com o perigo.

“Risco é a probabilidade de um perigo causar dano”.
Wharton, N. (1995), Journal of Adventure Education and Outdoor Leadership.

“Risco é a probabilidade, alta ou baixa, de alguém se machucar numa situação de perigo”.
The Health & Safety Executive (1998)

“Risco é a possibilidade de confrontar perigo ou sofrer dano ou perda”.
The Oxford English Dictionary

“Risco é o potencial de perder algo de valor. A perda pode significar dano ou perda física, mental, social ou financeira. O risco cria insegurança”.
Priest, S. (1990), State College, PA: Venture Pub.

“Risco é a probabilidade de alguém se machucar por um perigo. Uma vez identificado, o perigo pode ser avaliado e quantificado”.
Putnam, R. (2000). Association for Outdoor Learning.

A associação médica inglesa (British Medical Association) alerta que tudo que fazemos ou que é feito por nós, traz algum risco para nossa saúde e bem estar, não existindo risco zero ou segurança absoluta.

O perigo pode apresentar um nível alto ou baixo de risco para uma pessoa dependendo, por exemplo, quão competente essa pessoa é ao lidar com o perigo. Ou seja, o risco depende do indivíduo. O risco é função de como um individuo “vê” ou avalia a situação.

Isoladamente, risco psicológico é relacionado com medo, por exemplo, a experiência de sozinho ficar perdido à noite em local desconhecido.

O risco social é percebido quando alguém sente que está agindo de forma socialmente reconhecida como normal ou por quando se pede uma pessoa tímida a tomar uma posição de liderança ou falar em público.

O Risco é função de três fatores:

1. Probabilidade: refere-se ao número de vezes um acidente pode acontecer a alguém num determinado período de tempo.

2. Gravidade: refere-se ao dano causado por determinado acidente (maior = morte, menor = nenhuma lesão).

3. Frequência: refere-se à quantidade de indivíduos envolvidas em uma atividade sujeitos a sofrerem lesões num determinado período de tempo. 


Riscos Absoluto, Real e Percebido

A British Medical Association sugere que a percepção de risco das pessoas em geral não se relaciona com o risco real. As pessoas reagem ao perigo na medida que são percebidos.

“Risco Absoluto é o maior nível de risco numa determinada situação (sem controle da segurança)”.
Priest, S. (1990), State College, PA: Venture Pub.

“Risco Real é o verdadeiro risco que existe num determinado momento”.
Priest, S. (1990), State College, PA: Venture Pub.

“Risco Percebido é aquele em que um indivíduo avalia subjetivamente o risco real em qualquer momento, que difere de pessoa a pessoa e pode não estar relacionado com o risco real ou absoluto”.
Ewert, A. & Hollenhorst, S. (1989). Journal of Leisure Research.

Exemplificando:

O Risco Percebido é aquele que parece ser arriscado mas de fato está sob controle - por exemplo “escalada em corda fixa” (top rope climbing).

O Risco Real é aquele que é de fato arriscado e não é possível ser controlado - por exemplo queda de rochas, avalanches.

Uma preocupação de educadores de atividades ao ar livre é de como estruturar atividades que contenham certo grau de risco que não causam lesões, mas que podem provocar aprendizado, desafio e motivação.

Uma forma de fazê-lo é criar uma situação de risco percebido que seja significante e não desmereça a natureza da atividade em questão. Uma dificuldade complexa é aquela em que a percepção do risco difere de pessoa para pessoa, que cria dificuldades práticas para alguém conduzir um grupo de praticantes.

O ideal é que todos atuem dentro de suas “Zonas de Desafio”, sem ficar em sua “Zona de Conforto” ou cair na “Zona de Pânico”.

Avaliação de Riscos

Nos últimos tempos a avaliação de riscos assumiu uma grande importância, particularmente na medida que afeta trabalhadores e ambientes de trabalho.

O aumento dos processos jurídicos consequência de acidentes com funcionários e clientes, enfatiza a necessidade de se olhar com cuidado de como lidar com riscos vis-à-vis segurança, controle e avaliação do risco ocasionado por perigo no ambiente de trabalho.

Vale ressaltar que no turismo de aventura, na grande maioria dos casos, o “ambiente de trabalho” é o meio natural ou rural, onde os “funcionários” são guias e condutores.

Avaliação de riscos está fortemente relacionada com a avaliação com o nível de risco associado com um perigo em particular ou a conjunto de riscos e uma ponderação de até que ponto precauções estão sendo tomadas para prevenir acidentes ou lesões.

Para exemplificar, podemos dizer que a avaliação de risco de um determinado grupo de adultos jogando um partida amistosa de futebol significar um perigo mínimo, com pouco risco para fatalidades ou fraturas. Em contraste, a avaliação de riscos de principiantes praticando rapel poderá abarcar maior perigo e um grande risco para a integridade física e segurança dos participantes. Isto poderá implicar ao organizador ou líder em adotar a uma variedade de medidas para assegurar que ninguém venha a se machucar.

Se tivermos em conta que a quantificação do risco é incerta e, uma vez quantificado, importantes decisões e medidas terão de ser tomadas sobre a possibilidade da sua redução e sobre o reconhecimento de sua existência, mesmo que reduzido. Um importante ponto a se considerar são os fatores econômicos nas avaliações custos x benefícios.

Os 5 passos para a Avaliação de Risco

É comum desmembrar a avaliação de risco num número de partes identificáveis, onde se sugere 5 passos para a avaliação de risco:
  1. Identificar dos perigos existentes;
  2. Listar os indivíduos que podem se ferir e como;
  3. Avaliar o grau de risco associado com cada perigo 
  4. Avaliar as decisões sobre o que deve ser feito (Protocolos Operacional / Segurança) para reduzir estes riscos a níveis aceitáveis (Gestão do Risco);
  5. Atualizar e revisar periodicamente todas as avaliações registradas.

É importante que se elabore protocolos operacionais e de emergência para se obter níveis de segurança satisfatórios, em termos de estabelecer responsáveis hierárquicos  e procedimentos operacionais e de emergência.

Alguns fornecedores de cursos e atividades ao ar livre - especialmente os que atuam em atividades de “aventura educacional” para menores de 18 anos - são obrigados, por lei, a adotarem procedimentos definidos pela Adventure Activities Licensing Authority - AALA (The Activity Centres - Young Persons’ Safety - Act, 1995). 

Nestes casos a avaliação dos riscos são analisadas no contexto em que as atividades ocorrem e foca nos perigos que se não gerenciáveis, evitados ou previstos, podem resultar em morte ou lesões graves. Esses procedimentos se aplicam a instrutores e participantes.

Dave Bunnell © www.en.wikipedia.org

Gestão do Risco

“Gestão ou Manejo de Riscos deve ser entendido como a forma pela qual riscos são administrados ou manejados (i.é. reduzidos) uma vez que  perigos estejam identificados e riscos quantificados. É a etapa operacional da avaliação de riscos”.

Riscos podem ser manejados de várias formas, mas 2 abordagens são essenciais:

1. Evitando Riscos (Risk Avoidance) - nessa abordagem procura-se reduzir os riscos evitando-se ou pela remoção do perigo.

Por exemplo, se acharmos que uma viagem de dois dias possa ser fisicamente muito difícil para um grupo fora de forma, acarretando erros de navegação ou fadiga, uma decisão será de reduzir para um só dia de caminhada pesada, em terreno difícil, ou decidir que o programa seja feito em três dias. Ou ainda, se possível, alterar o roteiro.

2. Reduzindo Riscos (Risk Reduction) - essa abordagem, em geral mais apropriada, procura-se reduzir os riscos de varias formas tais como protegendo pessoas com maior eficácia, supervisando criteriosamente ou modificando atividades.

Por exemplo, no caso de um grupo que atinge o topo de uma escalada em rocha e está pronto para a descida por uma trilha íngreme. O declive se torna um perigo tão logo a descida se inicia e vários fatores podem aumentar o risco associado: pode começar a chover e o piso ficar (mais) escorregadio; a trilha pode ter o piso alternado entre terra, vegetação ou rocha fragmentada; pode começar a escurecer (sobretudo em dias de inverno) ou participantes menos preparados podem começar a reclamar ou mostrar sinais de cansaço ou frio... O risco total pode ser reduzido se o condutor ou líder tomar (e controlar) algumas decisões: ordenar a diminuição da velocidade de descida, indicar a troca o uso de calçado apropriado ao terreno ou de vestuário adequado ao clima, ordenar o uso de cordas de segurança, indicar o uso lanternas, etc. Ao atuar desta forma, o perigo (e o desafio) continua, mas os riscos podem ser reduzidos a níveis aceitáveis. 

Sugere-se 4 princípios para ajudar no processo de redução de riscos:
  1. Procurar assistência de especialistas, sempre que possível;
  2. Adotar boas práticas em todos aspectos técnico-operacionais;
  3. Participantes “em risco” devem estar cientes antecipadamente, que se consegue se uma eficaz avaliação e redução de riscos a níveis aceitáveis;
  4. Participantes “em risco” devem ser informados detalhadamente sobre o nível e natureza dos riscos a que serão submetidos.

“Escalada e montanhismo são atividades perigosas, com risco de acidentes e morte. Praticantes devem reconhecer os riscos e estar atentos e responsáveis por seus atos e suas consequências."
Union Internationale des Associations d’Alpinisme - UIAA

A importância da gestão ou manejo do risco está no processo de sua avaliação que envolve a avaliação da competência e experiência dos condutores e dos participantes e a complexa interação destes com fatores externos e o ambiente (operacional). Ou seja, risco é uma combinação entre fatores humanos e ambientais.

Por exemplo, na canoagem, fatores ambientais pode incluir pedras, águas rasas, curvas, desníveis abruptos ou árvores caídas ou submersas. Fatores humanos podem incluir inexperiência do canoísta, tipo de embarcação usada, tamanho do grupo, etc. É responsabilidade do líder ou condutor avaliar como esses fatores se combinam e a que nível, para decidir a estratégia de fazer a gestão adequada dos riscos, a cada instante.

Segurança

“Segurança é estar seguro, livre de perigo ou riscos, de forma a não causar perigo”
Concise Oxford Dictionary (1969)

Segurança não é um algo subjetivo - é um tema multifacetado que envolve vários fatores, tais como vestuário e equipamentos, responsabilidades individuais e de liderança, legislação, comando, atitudes, competência e procedimentos técnicos. 

A promoção da segurança se faz com a intensa e constante expansão e divulgação do conhecimento dos perigos e a adequada redução dos riscos.

SERVIÇOS QUE REALIZAMOS

SERVIÇOS QUE REALIZAMOS

  1. Acompanhamento mensal com contrato anual ( monitoramento do completo do SGS com entrega de relatórios e uso de aplicativo de controle do SGS, duas visitas no local se haver necessidade serviço online).
  2. Acompanhamento de auditoria de certificação e manutenção;
  3. Reunião de Analise critica do sistema ;
  4. Treinamento de Gestores SGS ;
  5. Treinamento de condutor Aguas Brancas, técnicas Verticais e quadriciclos ;
  6. Consultoria online ;
  7. Manutenção em atividades de aventura;
  8. Manutenção em equipamentos de aventura;
  9. Construção e projetos de aventura;
  10. Treinamento empresarial outdoor;
  11. Auditoria Internas;
  12. Cursos;
  13. Operações das Atividades;



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