Como
definir o escopo do Sistema da Segurança de forma eficiente?
Bem, para definir
de forma eficiente o Escopo do Sistema de Gestão da Segurança de sua agência,
primeiramente, é necessário entender o que é o escopo.
“O
escopo é o documento que irá detalhar o propósito daquilo que se pretende
fazer, qual será sua abrangência”.
•
Quais os produtos que serão contemplados;
• A
que atividades de turismo de aventura estão associados;
•
Qual o local onde cada atividade acontece;
•
Quais as partes interessadas nesse processo.
Em
todos esses itens, o escopo é um documento fundamentalmente necessário para o
processo de implantação e certificação do sistema. É no escopo que será
definido os limites do sistema de gestão.
Tudo
que constar no escopo deverá ter a aplicabilidade dos requisitos exigidos na
norma e ser submetido à auditoria ABNT ISO 21101-2014.
O
que é preciso saber para definir o escopo do Sistema de Gestão de segurança ABNT ISO 21101-2014?
A
definição do escopo está descrita na secção 4 da norma certificadora ABNT ISO 21101-2014. Nesta sessão, a norma trata sobre “O Contexto da Organização”.
Segundo a ISO -21101:2014, no contexto da organização devem ser levados em
conta com quatro elementos, descritivos nos seguintes tópicos:
4.1
Entendendo a organização e seu contexto;
4.2
Entendendo as necessidades e expectativas das partes;
4.3
Determinar o escopo do Sistema de Gestão da Segurança do Turismo de aventura;
4.4 Sistema
de gestão da segurança do turismo de aventura.
Para
esse escopo, a norma orienta que a organização deve determinar os limites e
aplicabilidade do SGS. Deve também estabelecer o seu alcance, e considerar os
seguintes elementos:
Questões
externas e internas referidas em 4.1;
Requisitos
das partes interessadas pertinentes referidos em 4.2;
Portanto,
para estabelecer o escopo do SGS, antes de tudo, é necessário ter claro todo o
contexto de organização da sua agência.
Por
exigência da ISO 21101-2014, o escopo é um documento deve ser mantido como
informação documentada.
Alguns
exemplos e propor um passo a passo que vai facilitar bastante a sua vida.
Mãos
à obra!
Tenha
em mente que seu escopo deverá descrever de forma simplificada a sua agência.
Assim,
para descrevê-lo, é possível se orientar por algumas perguntas que, por si só,
definem quem ela é no mercado. Veja só:
Onde
minha agência está localizada?
Quais
os produtos/serviços são vendidos pela minha agência?
Em
qual mercado (local físico e locais de operação) minha agência atua.
Para
quem eu vendo e quem me vende?
Quais
os processos da minha empresa e das atividades?
Ao
responder essas perguntas, você estará formalizando informações importantes
sobre o funcionamento do seu SGS, se orientando e orientando seu Sistema de
Gestão da Segurança para os resultados que você espera. E isso acontece porque
esses aspectos tanto afetam seu SGS quanto são afetados por ele. Exemplo pratico
1 – Onde minha agência está localizada?
Brotas,
SP.
Aqui
consta o local físico em que minha agência está sediada. Neste caso, usei a
cidade onde residimos como exemplo.
2 – Quais os produtos/serviços são vendidos
pela minha agência?
Vendemos
e operamos as atividades de tirolesa e Rafinha. Com os seguintes produtos Rafinha
do rio Jacaré e a Tirolesa Vai que vai.
Aqui
descrevi os produtos comercializados pela minha agência, aquilo que operamos
com o intuito de vender aos nossos clientes.
3 – Em qual mercado local operamos as
atividades minha agência atua.
Na
zona rural de Brotas-SP. Rio Jacaré Pipira e Fazenda Vai que vai.
Aqui
descrevi qual o mercado em que atuo, ou seja, onde minha agência vende e opera.
4 – Para quem eu vendo e quem me vende?
Vendas
para Turistas em geral. Quem me vende hotéis, pousadas, sitio turísticos e
outras agências.
Descrevi
aqui o tipo de clientes que quero atender.
5 – Quais os processos da minha empresa e
das atividades e partes interessadas?
Empresa:
Operação; Atendimento; Vendas; Marketing; Logística; Gestão de Pessoas;
Financeiro.
Operação:
Condutores; preparação da atividade,
transporte, treinamento, operação e finalização da atividade.
Local
de operação e partes interessadas: Proprietários das áreas privadas onde
atuamos e poder público do Município.(prefeitura, corpo de bombeiro,
associações etc)
Descrevi
aqui os processos e partes interessada que
podem impactam o SGS da minha agência.
Essa
e base do nosso escopo. Repare que citamos os fatores internos (quais produtos
comercializamos e nossos processos) e levamos em consideração o mercado
externo, delimitando onde especificamente atuamos e quem são nossos clientes.
Agora é só juntar isso em uma sentença curta, de fácil entendimento. Dessa forma:
A Adventure
Brasil SGS é uma Agência de Turismo de Aventura, situado em Brotas-SP que opera
as seguintes atividades e produto na cidade de Brotas-SP.
Atividade Rafinha.
Produto:
Rafinha Jacaré Pipira
Atividade Tirolesa.
Produto:
Tirolesa Vai que vai
Os
processos do SGS e partes interessadas são: Atendimento ao cliente, Financeiro,
Gestão de Pessoas, Logística, Marketing, Operação, Vendas, Proprietários das
áreas privadas onde atuamos e poder público do Município.
Vejamos o exemplo abaixo, em que temos uma
atividade de turismo de aventura e três produtos:
A Adventure
Brasil SGS é uma Agência de Turismo de Aventura, situado em Brotas-SP que opera
as seguintes atividade e produto na cidade de Brotas-SP.
•
Atividade: Caminhada
•
Produtos: Trilha da Cachoeira do Véu de Noiva, Trilha da Mata Verde e Trilha da
Coruja.
Os
processos do SGS e partes interessadas são: Atendimento ao cliente, Financeiro,
Gestão de Pessoas, Logística, Marketing, Operação, Vendas, Proprietários das
áreas privadas onde atuamos e poder público do Município.
No próximo exemplo, por outro lado, temos
um produto e três atividades de turismo de aventura:
A Adventure
Brasil SGS é uma Agência de Turismo de Aventura, situado em Brotas-SP que opera
as seguintes atividades e produto na cidade de Brotas-SP.
•
Produto: Dia de aventura no Parque do Mirante
•
Atividades: Caminhada, Rapel e Observação da Vida Silvestre
Os
processos do SGS e partes interessadas são: Atendimento ao cliente, Financeiro,
Gestão de Pessoas, Logística, Marketing, Operação, Vendas, Proprietários das
áreas privadas onde atuamos e poder público do Município.
Ao
serem definidos os produtos, as atividades e os locais onde serão realizadas as
operações, é preciso definir no escopo do sistema de gestão de segurança a abrangência da gestão de risco. Ou
seja, em que momento a gestão da segurança deve começar e em que momento ela
terminará. Um determinado produto de turismo de aventura pode ter início na
casa do participante, no momento em que ele entra em um transporte da
organização para se deslocar ao local da atividade propriamente dita.
Em
outro exemplo, a gestão da segurança tem início apenas na base de um paredão
rochoso, onde o participante foi por conta própria e somente a partir deste
momento passará a integrar os processos e procedimentos do sistema de gestão de
segurança. Tudo dependerá das características dos produtos e atividades de
turismo de aventura.
A ABNT ISO 21101-2014 promoveu mudanças muito pertinentes da versão ABNT 15331 e, com
certeza, a forma de definir o escopo foi uma delas. Essa mudança surgiu para
garantir que a certificação não seja mais um papel no hall de documentos da agência,
mais um certificado na parede da diretoria. Essa mudança surgiu para garantir
que, cada vez mais, as organizações vivam a Segurança como um todo!
Os
itens “4.1 Entendendo a organização e seu contexto” e “4.2 Entendendo as
necessidades e expectativas de partes interessadas” são praticamente
indissolúveis ao item “4.3 Determinando o escopo do sistema de gestão da segurança”,
antes de definir o seu escopo, sugiro que você leia o artigo “ISO -21101:2014:Entendendo o Contexto da Organização”.
Autor:
Arilson Olindo da Silva
- Referências
e leituras:
- Luiz
Guilherme Arruda - https://www.consultoriaiso.org/author/garruda/
- http://www.logfacilba.com.br/iso/iso2015_versao_completa.pdf
- https://blogdaqualidade.com.br/-
Davidson Ramos
- GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO TURISMO DE AVENTURA – SISTEMA DE
GESTÃO DA SEGURANÇA